O
Apolitismo, a maior ameaça à Democracia.
Jefferson Arguilheira Pereira[1]
O
individualismo é uma das maiores conquista da democracia. e ao mesmo tempo sua
principal ameaça, a democracia deixa pessoas livres para realizar sozinhas,
seus objetivos de vida, Pois quando é governado por um tirano, o povo sonha em
conquistar o poder. No entanto ao alcançar a democracia, recusa se a exercê e
abandona a política, Francis Wollf, classifica o distanciamento entre
governantes e governados de negação da democracia.
O
conceito do individualismo acaba sendo uma faca de dois gumes. Se por um lado a
prática é uma conquista da democracia, deixando a pessoas livres para realizar
seus objetivos de vida, por outro, essa mesma atitude de não depender de outras
pessoas afasta a sociedade das decisões políticas, que são a essência do
governo democrático.
O
desinteresse dos cidadãos pela política ameaça a democracia, a fomentar entre
outros males a ação de “políticos
profissionais”, políticos especializados na coisa publica, a medida
que outros cidadãos parecem especializados em seus próprios assuntos privados a
democracia moderna é um regime
representativo na qual o cidadão entrega seu direito de decisão a
representantes eleitos com isso temos uma constituição cada vez forte de dois
grupos, cada vez mais distintos, os políticos que pode ser cada vez menos
cidadão porque são cada vez mais profissionais
e, cidadões menos políticos porque tomam conta de seus negócios privado.
O
apolitismo cria políticos profissionais, políticos que não distingue entre o
publico e o privado, políticos corruptos, por sua vez faz com que partidos
populistas e demagógicos a espalhar a ideia de que todos os governantes são
corruptos e que é preciso limpar a política com tais argumentos podem instaurar
a ditadura.
Isso
não é bom para o cidadão que considera o poder cada vez mais distante, e não é
bom para o bom político porque não compreende que seu próprio trabalho e de
dedicação a serviço do publico não é reconhecido, o cidadão acaba colocando
todos eles no mesmo patamar pensam iguais, essa confusão favorece os maus
políticos os demagogos que retomam um slogan populista anti político que ameaça
a democracia pelo autoritarismo e não é bom para a própria democracia, não é
bom para o conceito de representação, ou o cidadão acaba se sujeitando a não se
reconhecer nos seus representantes e também não é bom para o ideal democrático,
com isso a democracia que era a esperança de um poder político do povo aparece
cada vez mais como o poder dos políticos
sobre o povo.
O
apolitismo é uma crise de uma velha democracia, as pessoas já não acreditam na
possibilidade de mudança através da política.
Para
o filosofo a definição de democracia brasileira é o Maximo de contradição no
mínimo de violência, com violência não há democracia, mas sem contradição
também não há democracia.
O
apolitismo é a recusa do cidadão explicita ou implícita em particular da vida
da comunidade política e das escolhas que essa comunidade faz. No Brasil o
apolitismo se manifesta quando o cidadão se afastam dos políticos, em vez de
entrar no território ligado ao poder, os cidadoes se retiram para o território
individual, familiar, religioso, e até esportivo.
A
solução, segundo o filósofo, não é obrigar as pessoas a fazer política. Ele
inclusive defende a conquista do individualismo, mas é preciso encontrar meios
educacionais e institucionais para aproximar a sociedade do poder público.
Wolff sugere disciplinas de educação para a cidadania, nas escolas, e também a
realização de campanhas.
Referências:
WOLFF, Francis. A invenção da política. In: NOVAES,
Adauto (org.). A crise do Estado nação. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,
2003.
CHAUI, Marilena. Convite
à Filosofia. São Paulo: Ática, 2002.
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