quinta-feira, 20 de novembro de 2014

O Apolitismo, a maior ameaça à Democracia.

O Apolitismo, a maior ameaça à Democracia.
                                                                     Jefferson Arguilheira Pereira[1]

O individualismo é uma das maiores conquista da democracia. e ao mesmo tempo sua principal ameaça, a democracia deixa pessoas livres para realizar sozinhas, seus objetivos de vida, Pois quando é governado por um tirano, o povo sonha em conquistar o poder. No entanto ao alcançar a democracia, recusa se a exercê e abandona a política, Francis Wollf, classifica o distanciamento entre governantes e governados de negação da democracia.
O conceito do individualismo acaba sendo uma faca de dois gumes. Se por um lado a prática é uma conquista da democracia, deixando a pessoas livres para realizar seus objetivos de vida, por outro, essa mesma atitude de não depender de outras pessoas afasta a sociedade das decisões políticas, que são a essência do governo democrático.
O desinteresse dos cidadãos pela política ameaça a democracia, a fomentar entre outros males a ação de “políticos profissionais”, políticos especializados na coisa publica, a medida que outros cidadãos parecem especializados em seus próprios assuntos privados a democracia  moderna é um regime representativo na qual o cidadão entrega seu direito de decisão a representantes eleitos com isso temos uma constituição cada vez forte de dois grupos, cada vez mais distintos, os políticos que pode ser cada vez menos cidadão porque são cada vez mais profissionais  e, cidadões menos políticos porque tomam conta de seus negócios privado.
O apolitismo cria políticos profissionais, políticos que não distingue entre o publico e o privado, políticos corruptos, por sua vez faz com que partidos populistas e demagógicos a espalhar a ideia de que todos os governantes são corruptos e que é preciso limpar a política com tais argumentos podem instaurar a ditadura.
Isso não é bom para o cidadão que considera o poder cada vez mais distante, e não é bom para o bom político porque não compreende que seu próprio trabalho e de dedicação a serviço do publico não é reconhecido, o cidadão acaba colocando todos eles no mesmo patamar pensam iguais, essa confusão favorece os maus políticos os demagogos que retomam um slogan populista anti político que ameaça a democracia pelo autoritarismo e não é bom para a própria democracia, não é bom para o conceito de representação, ou o cidadão acaba se sujeitando a não se reconhecer nos seus representantes e também não é bom para o ideal democrático, com isso a democracia que era a esperança de um poder político do povo aparece cada vez mais  como o poder dos políticos sobre o povo.
O apolitismo é uma crise de uma velha democracia, as pessoas já não acreditam na possibilidade de mudança através da política.
Para o filosofo a definição de democracia brasileira é o Maximo de contradição no mínimo de violência, com violência não há democracia, mas sem contradição também não há democracia.
O apolitismo é a recusa do cidadão explicita ou implícita em particular da vida da comunidade política e das escolhas que essa comunidade faz. No Brasil o apolitismo se manifesta quando o cidadão se afastam dos políticos, em vez de entrar no território ligado ao poder, os cidadoes se retiram para o território individual, familiar, religioso, e até esportivo. 
A solução, segundo o filósofo, não é obrigar as pessoas a fazer política. Ele inclusive defende a conquista do individualismo, mas é preciso encontrar meios educacionais e institucionais para aproximar a sociedade do poder público. Wolff sugere disciplinas de educação para a cidadania, nas escolas, e também a realização de campanhas.





Referências:
   WOLFF, Francis. A invenção da política. In: NOVAES, Adauto (org.). A crise do Estado nação. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.
CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 2002.



[1] Aluno da Graduação do Curso de Filosofia da PUCPR.

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