sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Desinteresse das pessoas pela Política



O filósofo francês Francis Wolff, professor de Filosofia na Escola Normal Superior de Paris e autor de livros como Aristóteles e a Política e Dizer o Mundo, um grande defensor da democracia (uma forma de governo em que a soberania é exercida pelo povo), revela que a sociedade luta pela conquista da democracia, mas em seguida evita exercê-la, sendo vítima do individualismo, teoria que fez prevalecer o direito individual sobre o coletivo.






Conforme Francis Wolff, a pratica do apolitismo no Brasil se tornar-se visível quando os cidadãos se afastam dos políticos e das decisões ligadas à política, e se “afasta-se” para o território familiar, religioso, individual e esportivo.
Nos momentos de mudança de governo e luta pela conquista da democracia ou por mudanças políticas, são nestes momentos que Francis Wolff afirma que a sociedade fica mais politizada. Quando acaba este período, acontece uma contrariedade da própria democracia, pois, as pessoas tendem a se desinteressar pela política. Para o filosofo Wolff, o povo, é mobilizado pela conquista, mas entediados pela posse. O povo desaprova os governantes tiranos, está relacionado com opressão, crueldade e abuso de poder, mais não gosta ou tem horror em exercer o poder e acaba utilizando sua liberdade para não ocupar esse lugar.








Caixa de texto: Atividades: 
1. O que significa apolitismo segundo Francis Wolff? 
2. Faça uma reflexão sobre a seguinte problemática: porque os jovens não se interessam pela política? 
O individualismo acaba acontecendo dos dois lados, se por um lado a prática é uma conquista da democracia, deixando as pessoas livres para realizar seus objetivos de vida, por outro, essa mesma atitude de não depender de outras pessoas afasta a sociedade das decisões políticas, que são a essência do governo democrático. Este fato social é culpado pela criação dos políticos corruptos e também pela criação de grupos populistas e demagógicos que espalham a ideia de que todos são corruptos e de que é preciso “limpar” a política. Para Wolff, tais argumentos podem iniciar um regime de ditadura.











Graduando Licenciatura em Filosofia: Alex Aparecido Barboza
Referência: Adauto N., Francis, W., Jean, F., Marcelo, J., Pascal, D., Renato, R.,et al. O esquecimento da política:  1ª: ed. Agir, 2007, São Paulo.


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