O filósofo
francês Francis Wolff, professor de Filosofia na Escola Normal Superior de
Paris e autor de livros como Aristóteles e a Política e Dizer
o Mundo, um grande defensor da democracia (uma forma de
governo em que a soberania é exercida pelo povo), revela que a
sociedade luta pela conquista da democracia, mas em seguida evita exercê-la,
sendo vítima do individualismo, teoria que fez prevalecer o direito individual
sobre o coletivo.


Conforme Francis Wolff,
a pratica do apolitismo no Brasil se tornar-se visível quando os cidadãos se
afastam dos políticos e das decisões ligadas à política, e se “afasta-se” para
o território familiar, religioso, individual e esportivo.

Nos
momentos de mudança de governo e luta pela conquista da democracia ou por
mudanças políticas, são nestes momentos que Francis Wolff afirma que a
sociedade fica mais politizada. Quando acaba este período, acontece uma
contrariedade da própria democracia, pois, as pessoas tendem a se desinteressar
pela política. Para o filosofo Wolff, o povo, é mobilizado pela conquista, mas
entediados pela posse. O povo desaprova os governantes tiranos, está
relacionado com opressão, crueldade e abuso de poder, mais não gosta ou tem horror
em exercer o poder e acaba utilizando sua liberdade para não ocupar esse lugar.


O
individualismo acaba acontecendo dos dois lados, se por um lado a prática é uma
conquista da democracia, deixando as pessoas livres para realizar seus objetivos
de vida, por outro, essa mesma atitude de não depender de outras pessoas afasta
a sociedade das decisões políticas, que são a essência do governo democrático.
Este fato social é culpado pela criação dos políticos corruptos e também pela
criação de grupos populistas e demagógicos que espalham a ideia de que todos
são corruptos e de que é preciso “limpar” a política. Para Wolff, tais
argumentos podem iniciar um regime de ditadura.
Graduando
Licenciatura em Filosofia:
Alex Aparecido Barboza
Referência: Adauto N., Francis, W.,
Jean, F., Marcelo, J., Pascal, D., Renato, R.,et al. O esquecimento da
política: 1ª: ed. Agir, 2007, São Paulo.
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